domingo, 3 de fevereiro de 2008

O bastonário "mãos limpas"

Pinto de nome, o novo bastonário da Ordem dos Advogados, prometeu fogo nas declarações recentes. Falou da corrupção e das riquezas ilícitas que passeiam por Portugal, mas esqueceu-se dos nomes e, provavelmente, das provas. Levantou a indignação dos magistrados e dos políticos que se picaram, eventualmente, com as acusações.
Estendeu à Madeira o leque de irregularidade que, infelizmente, não deverá conseguir provar. Aliás, à semelhança de outros que acusaram alguns poderosos desta terra, poderá inclusivé incorrer em processos judiciais. Mas o que é isso para o bastonário? Deve comê-los ao pequeno-almoço, creio. Seria interessante que o Ministério Público se lançasse na ofensiva e começasse a verificar a proveniência dessas "riquezas ilícitas" que se passeiam em todo o País. Com o ordenado que os detentores dos cargos políticos usufruem, torna-se difícil justificar o bem-estar que têm conseguido na vida. As brutas vivendas, os carros topo de gama, os barcos, as grandes viagens de férias, com filhinhos a estudar, só se conseguem ter não gastando um cêntimo do dia-a-dia. A lotaria e o euromilhões só se ganham jogando e sendo contemplados, para herdar tem de haver alguém que deixe em testamento. Por isso o ditado que quem não rouba nem herda não tem senão merda, deverá ser a dica para a operação mãos limpas na Madeira e por este Portugalzinho de traficâncias.

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