quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Violência pública

Ouvi dizer que um senhor da nossa praça foi apanhado lá para os lados do Lido em plena luta com a sua querida consorte.
Ao que parece, a coisa foi forte. Se calhar depois de algumas ponchas estalou o verniz e os grandes homens veêm-se naquelas ocasiões. A bater na mulher, amante ou amiga, eles são mesmo grandes. Até agarram cabelos e sobem à montanha, depois de passar o vale.
Que grande exemplo para depois ser todo sorrisos nos cocktails, no jet-set desta Madeira podre por onde eles andam.
Qualquer dia, o vídeo aparece no "seu tubo".

A solidariedade do PND

O PND resolveu distribuir 5 mil euros aos idosos da Madeira. Um gesto espectacular nesta altura do Natal e que permite a muitos deles conseguir comprar uma carninha para comer algumas refeições decentes.
Não faltaram as aves agoirentas a dizer que o PND estava a dar o que ainda não estava aprovado, o tal jackpot da Assembleia Legislativa, que ainda teria que devolver a verba agora entregue. Pois desenganem-se! Tenho a certeza que, mesmo que o partido não venha a receber qualquer verba do jackpot, não haverá devoluções de dinheiro por parte dos idosos. Não só porque eles já não o terão, mas também porque Basltasar Aguiar nunca deixaria que chegasse a esse ponto. O gesto está consumado e veja-se o efeito em alguns dos idosos que foram entrevistados pela televisão: já dizem que vão votar no PND, depois de terem passados anos a fio a votar no "Alberto João".
Será que podemos dizer que os votos se compram e se compraram durante todos estes "mais de trinta" anos? Será que o PSD fez qualquer coisa parecida com isso? Será que os partidos, em lugar de campanhas e cartazes, dando uns trocos aos eleitores não teriam mais votos? Assim o dinheiro dos contribuintes volta ao bolso dos contribuintes, ficam mais satisfeitos do que deixar menos de 50 "eleitos" andar a dar cabo de 17 milhões de euros!
O PND foi a prova de que não é preciso muito dinheiro para eleger deputados. Com gestos destes, oferecendo 5 mil euros para uma faixa da população completamente abandonada pelo poder, o partido poderá ir buscar mais alguns votos. E, melhor do que isso, faz com que as atitudes de Coelho, tão reprovadas pelos farsantes da direita e pela escumalha que está colada ao polvo laranja, afinal não foram assim tão condenáveis.

De futebol vive o homem

E porque a vida não se faz só de fado, o futebol teve nos últimos dias dois grandes jogos com o Marítimo e Nacional.
No Dragão, o Marítimo foi espoliado por um árbitro que até era madeirense. Depois dos 6-0 nos Barreiros perante o Benfica, havia que rectificar a imagem. Pois o empate só é bom porque não perdemos, mas chegou para criar confusão no Porto. Ainda veremos se alguém será castigado por cenas lamentáveis dentro do túnel ou será que a comunicação social da metrópole conseguira fazer com que Cardozo ainda seja castigado por encostar a mão no jogador azul e branco?
O Nacional também trouxe um empate da Luz. Melhor ainda que o resultado, a exibição foi séria e abafou um Benfica que apareceu tão diferente da jornada anterior. Mas a imprensa só fala do golo anulado aos benfiquistas, qual mérito dos madeirenses. É assim a vida, quem vende jornais são os grandes, tal como na Madeira só vende quem fala de Nacional ou Marítimo.
Venha agora o Porto à Choupana, que no túnel não terá os seus guardas Abel para a pancadinha do costume. A não ser que seja o próprio Rui Alves a distribuir chapadas.

Pouco tempo

Quando não nos damos a trabalhos para cumprir os nossos deveres, atribuimos à falta de tempo essas pequenas deficiências que nos acompanham. Pois, o tempo é o maior culpado deste Universo.
Foi por falta dele que não "meti" nada aqui há quase dois meses, para não dizer que me esqueci, simplesmente, da palavra de acesso. Com tantos códigos que necessitamos nos dias que correm e eu com a mania de não apontar nada, sempre com aquela de ter a cabeça ainda fresquinha.
Coisas da idade. O espírito sempre jovem, mas a cabeça às vezes já não trabalha durante o tempo que nós queremos.
Vai mais um ano para o galheiro, eles agora passam tão depressa que nem damos conta. Ainda não acabou e já pensamos que 2009 não poderá ser pior, pelo menos nas notícias sobre as crises e as inflacções, as falências e as fraudes das grandes empresas e bancos. Como seria bom se os portuguese tivessem 1/10 do que perdem essas grandes fortunas que ainda por cima são ajudados pelo Estado. Um Estado que está cada vez mais pobre, pobre para os pobres e solidário para os ricos e aldrabões.
Os países precisam de ricos, mas não tanto. Eles que se mudem para os paraísos fiscais, onde metem o dinheiro que "poupam" nos países de origem, de bolsos originais e originalmente parcos. A crise que alastra pelo Mundo e que põe a nu algumas das maiores falcatruas que se fazem ao nível financeiro, parece que chega pelo Natal e se prolonga por 2009. Pelo andar da carruagem, vão ficar sem castigo os magnatas que a provocaram, os grandes engenheiros da alta finança e os políticos que se aproveitaram dos cargos e dos amigos para garantir lugares de destaque à frente de instituições financeiras e não só.
Quem paga a fava é sempre o Zé, o trabalhador por conta de outrém, que paga os seus impostos e nada deve à segurança social. Sorte terá se o patrão tiver entregue às instituições devidas os impostos que lhe retirou no ordenado...
Paulo Gomes