quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Violência pública

Ouvi dizer que um senhor da nossa praça foi apanhado lá para os lados do Lido em plena luta com a sua querida consorte.
Ao que parece, a coisa foi forte. Se calhar depois de algumas ponchas estalou o verniz e os grandes homens veêm-se naquelas ocasiões. A bater na mulher, amante ou amiga, eles são mesmo grandes. Até agarram cabelos e sobem à montanha, depois de passar o vale.
Que grande exemplo para depois ser todo sorrisos nos cocktails, no jet-set desta Madeira podre por onde eles andam.
Qualquer dia, o vídeo aparece no "seu tubo".

A solidariedade do PND

O PND resolveu distribuir 5 mil euros aos idosos da Madeira. Um gesto espectacular nesta altura do Natal e que permite a muitos deles conseguir comprar uma carninha para comer algumas refeições decentes.
Não faltaram as aves agoirentas a dizer que o PND estava a dar o que ainda não estava aprovado, o tal jackpot da Assembleia Legislativa, que ainda teria que devolver a verba agora entregue. Pois desenganem-se! Tenho a certeza que, mesmo que o partido não venha a receber qualquer verba do jackpot, não haverá devoluções de dinheiro por parte dos idosos. Não só porque eles já não o terão, mas também porque Basltasar Aguiar nunca deixaria que chegasse a esse ponto. O gesto está consumado e veja-se o efeito em alguns dos idosos que foram entrevistados pela televisão: já dizem que vão votar no PND, depois de terem passados anos a fio a votar no "Alberto João".
Será que podemos dizer que os votos se compram e se compraram durante todos estes "mais de trinta" anos? Será que o PSD fez qualquer coisa parecida com isso? Será que os partidos, em lugar de campanhas e cartazes, dando uns trocos aos eleitores não teriam mais votos? Assim o dinheiro dos contribuintes volta ao bolso dos contribuintes, ficam mais satisfeitos do que deixar menos de 50 "eleitos" andar a dar cabo de 17 milhões de euros!
O PND foi a prova de que não é preciso muito dinheiro para eleger deputados. Com gestos destes, oferecendo 5 mil euros para uma faixa da população completamente abandonada pelo poder, o partido poderá ir buscar mais alguns votos. E, melhor do que isso, faz com que as atitudes de Coelho, tão reprovadas pelos farsantes da direita e pela escumalha que está colada ao polvo laranja, afinal não foram assim tão condenáveis.

De futebol vive o homem

E porque a vida não se faz só de fado, o futebol teve nos últimos dias dois grandes jogos com o Marítimo e Nacional.
No Dragão, o Marítimo foi espoliado por um árbitro que até era madeirense. Depois dos 6-0 nos Barreiros perante o Benfica, havia que rectificar a imagem. Pois o empate só é bom porque não perdemos, mas chegou para criar confusão no Porto. Ainda veremos se alguém será castigado por cenas lamentáveis dentro do túnel ou será que a comunicação social da metrópole conseguira fazer com que Cardozo ainda seja castigado por encostar a mão no jogador azul e branco?
O Nacional também trouxe um empate da Luz. Melhor ainda que o resultado, a exibição foi séria e abafou um Benfica que apareceu tão diferente da jornada anterior. Mas a imprensa só fala do golo anulado aos benfiquistas, qual mérito dos madeirenses. É assim a vida, quem vende jornais são os grandes, tal como na Madeira só vende quem fala de Nacional ou Marítimo.
Venha agora o Porto à Choupana, que no túnel não terá os seus guardas Abel para a pancadinha do costume. A não ser que seja o próprio Rui Alves a distribuir chapadas.

Pouco tempo

Quando não nos damos a trabalhos para cumprir os nossos deveres, atribuimos à falta de tempo essas pequenas deficiências que nos acompanham. Pois, o tempo é o maior culpado deste Universo.
Foi por falta dele que não "meti" nada aqui há quase dois meses, para não dizer que me esqueci, simplesmente, da palavra de acesso. Com tantos códigos que necessitamos nos dias que correm e eu com a mania de não apontar nada, sempre com aquela de ter a cabeça ainda fresquinha.
Coisas da idade. O espírito sempre jovem, mas a cabeça às vezes já não trabalha durante o tempo que nós queremos.
Vai mais um ano para o galheiro, eles agora passam tão depressa que nem damos conta. Ainda não acabou e já pensamos que 2009 não poderá ser pior, pelo menos nas notícias sobre as crises e as inflacções, as falências e as fraudes das grandes empresas e bancos. Como seria bom se os portuguese tivessem 1/10 do que perdem essas grandes fortunas que ainda por cima são ajudados pelo Estado. Um Estado que está cada vez mais pobre, pobre para os pobres e solidário para os ricos e aldrabões.
Os países precisam de ricos, mas não tanto. Eles que se mudem para os paraísos fiscais, onde metem o dinheiro que "poupam" nos países de origem, de bolsos originais e originalmente parcos. A crise que alastra pelo Mundo e que põe a nu algumas das maiores falcatruas que se fazem ao nível financeiro, parece que chega pelo Natal e se prolonga por 2009. Pelo andar da carruagem, vão ficar sem castigo os magnatas que a provocaram, os grandes engenheiros da alta finança e os políticos que se aproveitaram dos cargos e dos amigos para garantir lugares de destaque à frente de instituições financeiras e não só.
Quem paga a fava é sempre o Zé, o trabalhador por conta de outrém, que paga os seus impostos e nada deve à segurança social. Sorte terá se o patrão tiver entregue às instituições devidas os impostos que lhe retirou no ordenado...
Paulo Gomes

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Dinheiros públicos

O PSD prepara-se para aprovar novo jackpot para a Assembleia Legislativa. Coitados, mesmo com menos 21 deputados do que na legislatura anterior, ficam com o mesmo orçamento, o que equivale a dizer que cada partido recebe, por cada deputado eleito, a módica quantia de 15 salários mínimos mensais. Numa época parlamentar, falando futebolisticamente, os quatro anos rendem um euromilhões aos partidos, tudo com dinheirinho dos contribuintes. Venha ele de onde vier, quem é que tem moral para dizer que o Governo Socialista está a roubar os madeirenses? Quem é que está, verdadeiramente, a roubar os madeirenses?
Os políticos deviam seguir a bordo dos veleiros que cá estiveram e só voltariam daqui a outros 500 anos. Pode ser que os seus tatatatataranetos tenham outra forma de estar, se é que ainda conseguem chegar à Madeira antes de esta ter sido vendida para pagar os devaneios e demais loucuras de uma classe nojenta, como o são os políticos que o povo cegamente elege nos dias de hoje.

Liga Sagres

O Nacional lá perdeu a liderança da Liga Sagres, uma coisa que já levava os adeptos do clube a sonhos bem altos. Mas mais do que sonhos, os alvi-negros começaram a falar, ei-los em artigos de opinião e nos sms do prolongamento, para não referir as bocas em plenas ruas da cidade.
Muito caladinhos na época passada, à excepção daquele pisca que fizeram e que depois se transformou em quatro devido a avaria (ficaram à espera do reboque), os amigos do Nacional fazem-se notar e gozam dos objectivos do rival Marítimo (sonham com a Champions). Azar alvi-negro, até um seu jogador disse que, após 3 jornadas, a equipa ia jogar para o título. Cá por mim muito bem, se não se sonha alto, nunca se vai muito longe na realidade.
Um empate e uma derrota nas duas últimas jornadas não devem tirar ânimo aos zebras. Até porque têm uma vantagem grande sobre o Marítimo. Mas a procissão ainda está nos primeiros metros, faltam muitos jogos para falar. Não mandem muitas postas porque o peixe pode apodrecer. Olhem que o Marítimo já não está só naquelas coisas do off-shore e dos pagamentos por debaixo da mesa em direitos de imagem. Parece que a coisa não está assim tão branca, vai ficando ligeiramente enegrecida para condizer com a camisola...

sábado, 4 de outubro de 2008

Pagamentos sem conta

No "Cidade", em rubrica de opinião, o presidente da CMF afirma que os pagamentos por conta são um absurdo, assim como uma data de pagamentos que o cidadão hoje faz e que são advindos de uma política absurda do Governo Central.
Coitado do edil, não deve ter espelhos em casa (leia-se Câmara), pois se há pagamentos absurdos um deles é a taxa de disponibilidade da água que veio substituir a taxa da contador. E não me digam que não foi uma substituição...
Uma coisa são rosas, outra é o governo rosa. Não se deixem iludir pela semelhança e pelas conversinhas de um presidente de Câmara que gostaria de percorrer os caminhos da monarquia, para poder criar à vontade taxas e impostos sobre um povo que já está farto de pagar.

Madeira Livre

O novo gratuito do PSD está na rua! A folha de beterraba é mensal e traz as maiores asneiradas que o partido comete na Região. A começar pelo artigo do director, "Palhaçada, a publicação é uma folha de propaganda do regime laranja, outra que não o Jornal da Madeira. Esse ainda tem jornalistas para disfarçar.
Depois da jogada que foi o Notícias, Jaime Ramos volta a dirigir uma publicação. Como as outras, ou talvez não, a gratituidade da folha de beterraba é para inglês ver. Quem paga são os madeirenses, à semelhança do JM. Mas a forma como Ramos começa na primeira edição, ao designar de palhaçada constitucional e de palhaçada geral a forma como o PS tem governado o País, deve ser só para quem não sabe o que a casa gasta. Depois das cenas no Parlamento e ainda desta última não eleição de um vice do PS para a Mesa, apetece perguntar quem será o palhaço ou palhaços, onde é que está realmente a palhaçada de que fala Jaime Ramos!
Ao menos o Garajau tem piada e denuncia os ramos podres por onde andam os nossos políticos. O Madeira Livre não tem nada, como nada tem na cabeça quem criou esta publicação. Felizes os pobres de espírito.

domingo, 17 de agosto de 2008

Dinheiros públicos

A crise não chegou à Madeira. Pelos vistos, dá para interromper as férias no P. Santo, dar um saltinho à missa do Monte e voltar para o areal, tudo pago com o dinheiro dos contribuintes. Realmente havia necessidade de fazer estes percursos para cumprir uma tradição. Mas será que Jardim paga estas viagens ou será em serviço do Governo Regional?

sábado, 28 de junho de 2008

Incongruências

O presidente do Governo Regional, depois de tantos nomes chamar à classe política lisboeta e aos detentores dos cargos no Governo Central, demitiu-se e fez eleições. Ganhou como nunca tinha ganho, enquanto a oposição regional perdeu como nunca tinha perdido. Encheu o balão, passou uma borracha nos insultos todos e partiu para nova vida com os socialistas centralistas e o senhor "Pinto de Sousa".
Passado um ano, não conseguiu alterar nada. Continuou a perder combates, voltou às bocas do costume e esqueceu-se de que a Madeira precisa ser governada. Tem varizes para não ir ao congresso onde teria que enfrentar uma líder que não apoiou. Mas antes já tinha dito que não estava para brincar aos partidos. Não tem pachorra para coisas menores (como lhes chamou) dos madeirenses, está agora mais virado para uma Europa que não o conhece. Vai à Venezuela cumprimentar os emigrantes e as autoridades daquele país, fazendo questão de vincar que não defende as suas ideologias. Faz o que lhe apetece, depois de 30 anos a ganhar votos numa Madeira que ainda não percebeu que Jardim e os seus não pagam nada com o seu dinheiro. Todas as obras que o indígena vê, da maior à mais pequena, foi feita com dinheiros da Europa, do Governo Central e dos impostos que o próprio indígena paga. Tal com todas as obras deste país, os políticos só sabem tirar daí os louros. O povo paga, se calhar não sabe que o Governo Regional poderia baixar impostos, fazer com que o porto fique mais barato, baixar o imposto sobre os combustíveis. Não, não devem saber, para andarem por aí com bandeiras laranja e castigar os desgraçados da oposição que vão, como podem, tentando fazer com que os detentores do poder nesta Região resolvam os problemas de uma sociedade cada vez mais alheia às coisas da política. Alheia porque já bastam os furos do cinto, as contas muito antes do fim do mês, a fome que muitos passam, as casas e carros que entregam porque não podem pagar.
A crise está aí. Para a grande maioria é um aperto fazer a vida hoje. São poucas as famílias, 300, as que levam a grande fatia do rendimento na Madeira. Vejam quem são, o que fazem e o que dizem. Vejam as lágrimas de crocodilo que alguns deitam quando têm o mínimo transtorno e são logo apoiados pelo poder.
Dou um pequeno exemplo: a quem foi atribuído o centro de inspecção automóvel e os estacionamentos pagos? A quem foi dada nova licença de construção, quando existia um embargo à obra do Funchal Centrum? Pois é, o senhor Henriques tem tudo de mão beijada. Por alguma razão os reclamantes dos concursos dos parques e do centro de inspecção levam uma indemnização. E a acção popular, apesar do presidente do Governo Regional ter ameaçado e insultado os autores, tinha ou não razão no Centrum? Até o próprio advogado do autor da acção abandonou quem lhe pagava. Porquê?
Abram os olhos enquanto ainda o podem fazer. Um dia destes, até paga para poder ver...

20 milhões

Disseram-me que as obras por baixo do aeroporto custaram 20 milhões de euros. Para fazer meia dúzia de campos de ténis e squash e mais umas coisinhas para lazer do povo, o Governo gastou 20 milhões de euros. Parece-me um exagero tal verba. Se pensarmos que um T3 tem um preço de construção de 100 mil euros, o que se gastou ali dava para 200 apartamentos.
Apetece-me perguntar quem foi o gestor da obra. É que já chegou ao ponto de, na Madeira, alguém gastar quatro milhões de contos e ninguém dar importância a isso. Porque será que está toda a comunicação social calada?

Coitado do PS

Já não bastavam as lutas internas no Partido Socialista, para agora virem os independentes ainda tirar mais votos aos homens da rosa. O que se passou em Gaula vinca bem a consequência da não união de uma oposição em torno de um objectivo que deveria ser bem claro: impedir que o PSD governe a seu belo prazer, fazendo tábua rasa de coisas elementares da sociedade madeirense. Este objectivo, primário porque não há condições para qualquer uma das forças oposicionistas serem poder a curto prazo, esbarra com os interesses instalados também dentro da oposição.
O fracasso de Filipe Sousa em Gaula, nestas intercalares, é um prenúncio de que não terá muito mais na Câmara de Santa Cruz. Apoiado pelo PS, Filipe subiu e atingiu alguma notoriedade na freguesia, repercutindo-se talvez nos arredores. Daí até ganhar a confiança das freguesias vizinhas para conquistar um lugar de destaque na autarquia, penso que terá muito caminho a percorrer. Em vez de se unirem esforços, parece-me que a oposição está a entregar os votos ao PSD. Assim, mesmo que Jardim vá embora, mesmo que rebente o esgoto nos laranjas, será difícil arranjar alternativa. Venha quem vier para o lugar de presidente do PSD.

Milhões para JM

Deve ser para rir quando Jardim diz que o Governo Regional detém o Jornal da Madeira para garantir o pluralismo de informação. Desde quando existe pluralismo no JM? O GR é o dono daquela publicação exactamente para garantir que não exista pluralismo no JM e, ao mesmo tempo, continuar a fazer a propaganda do PSD.
Não acredito que o decreto que proibe a propriedade do JM ao GR seja suficiente para evitar que os contribuintes continuem a pagar mais de dois mil contos por dia pelo "gratuito". De certeza que Jardim e seus pares irão garantir, de uma forma ou de outra, a sobrevivência dos escribas do regime e a publicação da propaganda laranja. À sombra de um outro decreto regional qualquer ou de uma artimanha bem ao estilo da "máfia no bom sentido".
Interrogo-me sobre os profissionais daquela casa. Que pensarão eles neste momento? Será que continuam a achar que o Diário tem culpa do que se passa com o JM? Será que todas aquelas notícias que não publicaram valeram a pena? Será que, em caso de enveredarem pelo jornalismo noutra publicação, manterão a mesma linha, o mesmo lambebotismo? Onde vão escrever aqueles mesmos laranjas de sempre que só têm artigos de elogio ao PSD e a Jardim, atacando tudo o que mexe contra o sistema?

Euro2008

Foi com tristeza que vi Portugal ser afastado por uma Alemanha que não merecia. Faltou-nos sorte, concentração na defesa e no ataque também porque falhar tanto remate é obra. A Alemanha teve tudo isso e até pode ser campeã europeia. A Espanha até tem mérito por estar na final e tem uma dose de favoritismo. O único jogo onde falhou foi contra a Suécia, tendo marcado já nos descontos.
Fomos para casa ao mesmo tempo que a Croácia, Holanda, Itália. Antes já tinham ido a Grécia (campeã), a França, a República Checa e a Inglaterra ficou em casa. Apesar de tudo, Portugal fez um Euro positivo e não posso contar como derrota o jogo com a Suiça. Não valia nada, apesar do milhão pela vitória. Em caso de passagem, seria multiplicado por sete nas meias-finais.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Portugal na frente

É a primeira vez que Portugal se qualifica em 1º para os quartos de final e logo com duas vitórias concludentes, marcando 5 golos e sofrendo apenas um. Agora que Scolari vai para o Chelsea, veremos os críticos do treinador brasileiro que treinador arranjarão ou que novas críticas vão disparar para o novo seleccionador.
De uma coisa não se livram. Mau grado as escolhas de Scolari, mau grado as substituições tardias ou a má leitura de jogo, mau grado a sua teimosia ao não convocar este ou aquele, até agora um vice-título e a ida às meias do Mundial já ninguém lhe tira. Nem precisa de ir além dos quartos de final (Portugal já está nas 8 melhores da Europa) para justificar o epíteto de melhor seleccionador português de sempre. Venha de lá outro e faça melhor, com gerações de platina, ouro, prata ou bronze. Este, mesmo sendo brasileiro, conseguiu o que nenhum outro tinha conseguido: unir os portugueses, os de cá e os emigrados, à volta da selecção nacional. Scolari, amado ou odiado, pôs a bater mais forte o coração lusitano. Ele merecia que a equipa ganhasse o Europeu e lho dedicasse.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Portugal olé

Depois da Turquia, vem a República Checa para a selecção de Scolari. A expectativa é grande, pois o treinador brasileiro conseguiu incutir nos portugueses a confiança que sempre faltou, tanto ao jogador como ao adepto português. Podem criticá-lo de todas as formas, mas nunca Portugal conseguiu tanto prestígio e qualificações consecutivas para as grandes provas.
Não é fácil chegar onde chegou, mesmo que a qualidade de muitos jogadores portugueses seja inegável. Tivemos outros que fizeram menos, as contas para a qualificação eram sempre de calculadora e, na maior parte das vezes, nem lá íamos. Não esquecer que Portugal agora está nos rankings da FIFA.

sábado, 7 de junho de 2008

Coisas Mais

O deputado Coelho foi acusado de pregar moral e não cumprir. Para quem anda com um relógio ao pescoço, a acusação de chegar sempre tarde ao parlamento não caíu bem. Ao abrigo da sátira, a revista Mais do DN lançou a farpa ao parlamentar do PND.
Sem saber quem o acusa, Coelho lançou-se com tudo e acusou com nomes. No meio de tudo isto, parece mesmo que o deputado nunca se atrasou. Então porque é que alguém lançou o boato? Será que José Manuel Coelho conhece as razões para o ataque e conhece os atacantes? Serão aqueles que enunciou quando não lhe publicaram uma carta (?) do leitor, ou direito de resposta, ou uma treta qualquer?
Se é verdade que o homem cumpre horários, então foi de má-fé o ataque. Convinha alguém apurar. Mas também convinha não disparar tanto, até porque depois fica sem munições.

Rapidinha

A peça História Rapidinha do Funchal merecia estar em cena por tempo suficiente para que todos os madeirenses a vissem. Não sou apologista de que a peça teria sucesso fora da Região, até porque será preciso estar bem inserido na história destes 500 anos, mas muito a par dos dias de hoje do Funchal.
A qualidade dos actores é indiscutível. A sua presença em palco é muito forte. Nem precisam falar para nos fazer rir e os vários sketches são sempre a um ritmo bem dinâmico. Valem bem o preço miserável do bilhete, muito menos do que paga muito boa gente para assistir a um medíocre jogo de futebol.
Venham outras peças, outros trabalhos. Não é preciso grandes cenários nem grandes despesas de guarda-roupa para ter sucesso. A qualidade é suficiente.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Grande relógio

Estranhamente ou talvez não, o míssil que Baltasar Aguiar deixou no parlamento já fez das suas. Incrível a forma como Paulo Fontes, qual pai moralista, deu os seus recadinhos e aproveitaram para fazer mais um recreio para os deputados.
Na forma tentada e conseguida, o PSD está a conseguir calar a oposição dentro da casa que deveria ser o exemplo da democracia. Culpados disto, apenas os madeirenses que se contentam com as críticas do café e não conseguem exprimir por votos a sua incredulidade perante tamanhas arrogâncias dos laranjas. Tal como não conseguem deixar de sorrir quando descortinam mais um investimento (móvel ou imóvel) dos destacados políticos que ganham tão pouco e conseguem tanto.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Clube Naval do Funchal

O assalto foi impedido pelo toque do alarme. Depois de alertados pelos mails todos que agora ninguém sabe quem foi o autor, a actual direcção do CNF pôs mãos à obra e conseguiu impedir, por agora, o assalto, como foi adjectivada a candidatura de uma lista B.
Pena que os elementos da lista B, que abotoam o casaco para discursar e falam fino ao coração dos sócios, deixem transparecer a baixaria que tiveram ao longo da campanha eleitoral e mesmo na sala da Assembleia tenham a desfaçatez de exclamarem em voz alta: "Então, os mamões ainda não chegaram?". Não, não é assim que se chega a presidente de um clube onde os sócios ainda mandam alguma coisa, ali não é Jardim que define quem manda...

PND

Depois de Bexiga, o PND inova na Madeira. Afinal, inova o quê? Por acaso tem muitos deputados que falam como J. Coelho? Penso que a maioria nem lhe chega aos calcanhares. Natural, é mesmo aquilo que ele quer dizer. E à moda do povo, o povo que fala nas esquinas e tascas, não aquele povo que se junta no Apolo, Funchal ou Golden, de fatiota, que fala fino e não diz nada. J. Coelho não é como aquela maralha de JSD's que faz as vezes do chefe mesmo não concordando com ele.
Razão tinha Baltazar Aguiar, o míssil está lançado e tanto pode cair num ou noutro lado da fronteira. Agora, é pena que com o regimento desta Assembleia, o Coelho não tenha muitas hipóteses de sair da toca...

Líder nacional

Seria interessante ver Jardim a concorrer para líder nacional do PSD. Depois de ninguém ter aceite a sua candidatura e os seus préstimos ao partido há alguns anos, parece que Jardim esquece a tampa que levou e prepara-se para novo assalto. Agora não pode dizer que não tem tropas, pelo menos tem alguns oficiais. Não acredito que os laranjas votem nele, mas caso aconteça, será mesmo como foi com Marcelo Rebelo de Sousa: para queimar, carne para canhão. E depois aparece mais um Durão que se escapule ao fim de algum tempo para Santana Lopes dar cabo de mais um bocado do país.
Ainda bem que este PSD não consegue resolver uma crise que já dura desde que perdeu as legislativas. Qualquer dia, e com gente a pedir nova AD, o CDS apanha-se como o maior da oposição, levando sérias hipóteses de coligação com o PCP para governar Portugal.
Aqui, nesta ilhota alaranjada e com cheirinho a podre, Albuquerque esfrega as mãos, Cunha e Silva derrete-se. Riem-se os dinossauros do PSD-M, Guilherme Silva, Miguel de Sousa, Jaime Ramos. Interrogam-se os afoitos como Coito Pita e Jaime Filipe. Abanam a cabeça Manuel António e Sérgio Marques. Todos com dividendos desta tentativa de emigração de Jardim, do tipo vá para fora cá dentro...

terça-feira, 22 de abril de 2008

Cavacadas

Ainda não se percebeu qual a intenção da visita de Cavaco à Madeira. Para além dos gastos que foram com a comitiva enorme que acompanhou o PR, este nada fez a não ser visitar as obras feitas, à semelhança dos grupos de deputados laranja. Para ele e para eles, a Madeira é um jardim, sem qualquer mácula. Não há críticas. É tudo grande obra!
Tem razão Cavaco quando diz que não é para ver desgraças que veio à Madeira. Então, se é o presidente de todos os portugueses, porque é que só andou no meio da burguesia, dos hóteis, das frente de mar que não foram destruídas, dos campos de golfe e sempre por essas estradinhas novinhas que custaram milhões em derrapagens? Porque é que não foi ver a Marina do Lugar de Baixo? Os bairros sociais das Malvinas? As zonas altas? A sopa do Cardoso? Os sem-abrigo na zona do Mercado?
Cavaco não viu os miúdos das caixinhas. Cavaco não ouviu os partidos da oposição a fazerem qualquer referência à falta da sessão solene. Cavaco não leu nem ouviu qualquer referência ao "bando de loucos". Cavaco não ligou ao estudo que indica muitas dezenas de milhar de pobres na Madeira.
Cavaco veio e foi, pediu para a Madeira não pedir muito porque o Estado não pode dar mais. Pediu contenção e bom bom senso, mas não nomeou o destinatário dos recadinhos. Apenas nos elogios deu um nome, Jardim, o tal que já o chamou de sr. Silva, como se fosse o salvador da Pátria. Afinal, Cavaco é o presidente de todos os portugueses, os portugueses que vestem laranja na hora das eleições.

Futebol

O pisca do Nacional afinal era para encostar à berma e esperar pelo reboque, enquanto o Marítimo parou só para reabastecer para a ponta final.
Depois de vinte e tal jornadas calados, os adeptos alvi-negros decidiram gozar com a ultrapassagem, mas parece que foi sol de pouca dura. Ainda podendo ficar à frente do rival, o melhor que têm a fazer é ficarem caladinhos e, se ganharem os jogos todos com o Marítimo a contar só derrotas, então podem fazer festa...
Às vezes, os prognósticos devem mesmo ser guardados para depois dos jogos...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Temporal

O Funchal portou-se bem perante o temporal do início da semana. Não sei onde é que os responsáveis da autarquia vão buscar esse comportamento excelente do Funchal. Perguntem aos comerciantes das ruas da Carreira, Seminário e Ribeirinho. Perguntem à Frente de Mar. Perguntem a quem sofreu inundações nas suas casas por extravasamento de ribeiros que foram estrangulados pelas construções autorizadas pela Câmara.
Apesar dos avisos de mau tempo, onde é que estavam as brigadas quando começou o temporal?
Aparecer só depois para limpar a porcaria e contabilizar prejuízos, chama-se remédio e não prevenção.
O edil da Calheta também deve estar a pensar que a praia se portou bem. A marina aguentou, o Lugar de Baixo já não conta para nada, só para a bandeira de Cunha e Silva, o tal do contra tudo e contra todos...

Faz o que eu digo

Aquela de Jardim criticar a política dos socialistas açoreanos, verberando os subsídios como forma de manutenção de poder, não lembraria nem ao mais ingénuo político. Penso que os congressistas devem ter olhado para o lado a ver a reacção do parceiro, pois tá-se mesmo a ver o que é a política do PSD na Madeira.
Com tudo o que é presidente e órgãos sociais de praticamente 100% das instituições que pululam na mesa dos subsídios a enveredar pelos laranjas, é só ver a lista de subsídios que o Governo distribui. Eu não quero crer, mas até já me disseram que foi atribuído um subsídio à CR7, a loja do Cristiano Ronaldo. Ele estava mesmo a precisar, não era?

quinta-feira, 20 de março de 2008

O assalto

Tudo o que é associação, instituição, clube ou outra agremiação qualquer que exista na Madeira tem o "selo" do PSD. Ou na presidência, ou noutro qualquer órgão, os laranjas pululam. Agora o assalto é ao Clube Naval do Funchal, no que é uma movimentação política e económica. É no que dá ser cunhado de um destacado elemento que se farta de falar (mal) do PSD, alinhado dos socialistas na Câmara do Funchal e que já "andou" da Ordem dos Economistas.
Na parte económica, depois de não conseguir dominar a marina do Funchal através do CTM, o grupo Sousa ataca agora directamente a fonte. Com a Quinta do Lorde, a marina do Funchal e os peões da Vice-Presidência, está dado um passo para a marina da Calheta (A Ponta-Oeste será benévola) e, mais tarde, depois da trapalhada reparada e a construção do enrocamento e da praia, será a vez do Lugar de Baixo. Há mais?

Esqueci-me

O secretário do Equipamento Social esqueceu-se da discussão sobre os planos de urbanização e cota 500. Será que se esquece daquele proprietário de um prédio situado no traçado da saída leste do Funchal, a quem ele chamou de teimoso só porque quer o real valor pela sua propriedade?
Será que o sr. Secretário se esquece de receber o seu ordenado?

O aval

É engraçado ver o presidente da ACIPS, sr. Castro, a passear-se no areal em conversa (?) com o presidente do Governo Regional. Curioso sobre o assunto da conversa, sabendo-se que o GR ainda paga o aval que deu aos investimentos de Castro e que foram à ruína. Curioso também que, mesmo na ruína, o sr. Castro passeia-se não só no areal, mas também nas ruas de Porto Santo com a sua máquina e mantém dois empregos que lhe rendem alguns milhares de euros. Resta saber se o seu recibo de ordenado, ou os seus recibos, transmitem alguma penhora para pagamento das dívidas. Ou será que o GR não se importa com isso?

quinta-feira, 13 de março de 2008

Manos Ramos

Diz a comunicação social que o clã Ramos esconde o património sob uma Sociedade Gestora. Os "manos" Ramos, cada dia mais parecidos um com o outro, deveriam era explicar o património ao Ministério Público, tal como muitos outros políticos e não políticos. Basta pensarmos um pouco e fazer continhas de mercearia. Se um indivíduo ganha cinco mil euros (mil contos) por mês, chega ao final do ano com 70 mil euros (14 mil contos). Ao fim de 10 anos, se não gastar um cêntimo, tem 140 mil contos (700 mil euros). O Ministério Público parece que não tem calculadora, quando se vê que muito boa gente tem património que, avaliado, alcança dez vezes o valor que os seus detentores teriam com o rendimento declarado durante esses dez anos. Quando o fisco pega com cêntimos de seguros e despesas do anexo dos benefícios fiscais, chegamos à conclusão que a justiça é cega, sim senhor! Mas só de um olho...
Ramos, Sousas, Santos, Fernandes, Neves! Nomes dos grupos económicos que têm dominado a Madeira a seu belo prazer. Um exemplo apenas: Uma falência de grande empreendimento, tal como o Estêvão Neves, com dívidas a fornecedores e empregados, tudo clarinho como a abertura de um supermercado nos Canhas. Mas os falidos mantêm as casas e carros. Mais do que isso, mantêm a arrogância.

Tranquilidade no Nacional

A tranquildade que os jogadores e direcção do Nacional pedem agora para o final do Campeonato, contrasta em absoluto com a atitude do técnico Jokanovic. Se não queriam confusões que abalassem a estabilidade da equipa, porque aconteceu aquela correria em direcção ao Cajuda e, já dentro do túnel, coisas que nunca ninguém vai saber que se passaram?! Nessa altura, a tranquilidade não era precisa? E quem vai contra a palavra da polícia, especialmente se não há nada gravado?
Infelizmente, casa roubada trancas à porta aplica-se 100% neste caso. Depois da porcaria que o sérvio, pede-se calma e serenidade. Se fosse um madeirense, já estaria a treinar os infantis...
E agora é fácil ouvirem-se os adeptos do Nacional. É porque vão ultrapassar e já fazem pisca, é porque são os melhores das ilhas! Onde estavam quando a equipa andava a lutar para não descer? Onde estiveram nas 21 jornadas anteriores?

terça-feira, 4 de março de 2008

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Arquive-se

De repente, deixou-se de falar em corrupção. Arquivam-se os processos por erros processuais ou por escutas ilegais (?) e os suspeitos nem passam a arguidos nem conseguem afirmar, depois de julgados, que estão inocentes. Ficam numa espécie de penumbra, num Portugal pequenino como o nosso, onde não é novidade que os autarcas eleitos sejam aqueles que eram suspeitos. Até rima. É um Mundo que vive do rico a explorar o pobre e do ditador a gozar das mordomias dos milhões que os G’não sei quantos dão de ajuda. Com o petróleo a chegar aos 100 dólares de Chavez, descobrem-se jazidas com participações portuguesas. A riqueza está num país que já foi português, mas a crise continua num Portugal que já foi (?) rico. Até onde vai o petróleo brasileiro ajudar os portugueses que cortam nas compras de Natal? Poderá eventualmente ajudar Sócrates a rectificar as diferenças que impõe nas verbas para Madeira e Açores. Porque até o comum apolítico já percebeu que não são os cortes no orçamento que irão colocar o PS Madeira no poder. Até porque eles (PS-M) só sabem dar tiros no dedo grande, que é aquele onde dói mais…
Custa muito ao povo madeirense, mesmo sendo só aqueles 60% que votaram, saber que a Assembleia, com menos 30% de deputados, vai gastar o mesmo jackpot como se tivesse 68 deputados. É incrível como os eleitos dum povo carneiro jogam com os euros fáceis, rindo daqueles que são tosquiados a torto e a direito. E estou-me a borrifar para o carro novo deste ou daquele. Mas não posso fazer o mesmo que fazem os 40% que não votam e não posso ficar calado quando vejo governantes a exigir ao Governo Central os 78 mil euros de ajudas devidas ao agricultor madeirense, enquanto alguns autarcas gastam 90 mil euros em passeios à Venezuela e Suiça, onde os gastos poderiam ser muito menores. Vá lá que ainda há “comunistas” que patrocinam estas coisas…
Sejam menos ou mais de 50 mil os pobres desta terra, não há quem se entenda. Por um lado, estamos a ser roubados, por outro não temos tantos pobres assim! Claro que Roque Martins, nem o conheço, saberá melhor do que um Secretário que só tem metido os pés pelas mãos em todo o assunto que mexe. A remodelação deste Governo Regional afigura-se fácil quando chegar a altura! Até por caridade cristã…

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Dinheiro para processos

O anúncio do levantamento da imunidade parlamentar ao líder do PS-M, num processo movido pelo presidente do Governo Regional, não pondo em causa a legitimidade da acção, põe-nos na questão de quem paga todos estes processos judiciais. Seria interessante ver quanto gastou o GR em processos por afirmações ou insinuações, valores esses retirados do erário público. Não são só as despesas judiciais, mas os honorários de juristas, funcionários públicos ou avençados. As palavras têm dado origem a muitos mais processos do que os actos. Veja-se que ninguém é responsabilizado, a não ser a Natureza, pelas tragédias que têm afectado a Madeira. Os mortos, os feridos e os danos materiais em consequência de acidentes armadilhados por mão humana e detonados por factores naturais não têm lugar nos Tribunais. Outros valores se levantam, tais como danos morais, difamações e acusações não provadas. Até em países do Terceiro Mundo se encontram engenheiros, arquitectos, técnicos e políticos que são directamente responsáveis pelos acidentes que vitimam seres humanos.
A carta de riscos da Madeira, documento sem dúvida de grande utilidade e valor, é um gráfico daquilo que o madeirense vê a olho nu, quando passeia na sua ilha. Não é crível pedir às autarquias estudos geológicos sempre que entra um pedido de licenciamento de obras. Mas, à semelhança do promotor da obra, quem licencia deve, pelo menos, verificar “in loco” as condições para que esta obra se efectue. No caso dos Socorridos, tanto a Tâmega – que quis fazer a obra e lá colocou os seus funcionários, como a autarquia que a licenciou – autorizou uma construção numa zona de risco, são directamente responsáveis pela tragédia. E se forem confirmadas as queixas de trabalhadores e sindicatos, as entidades que as receberam têm a sua quota parte de culpa. Por não agirem e por não insistirem. Não serve de nada notificar por situações de risco e não fiscalizar a sua correcção. Também de nada vale vir para a comunicação social dizer que há um ano atrás, quando aconteceu exactamente o mesmo que hoje, os prevaricadores foram avisados. Há coisas mais importantes do que o “eu bem tinha dito”.

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Patética e absurda

Quem ouviu os discursos na discussão do orçamento regional, deve ter ficado pasmado. Alvo principal dos donos do poder na Madeira, o Governo Central e a oposição regional. Separatistas, pouca-vergonha, patifes que fazem patifarias. Um escândalo exótico anti-democrático! Que nível tem um partido que faz exactamente na Madeira aquilo que acusa os socialistas de Lisboa! Só com desprezo tratará o PSD-M toda a oposição. Mas acusa Sócrates de fazer o mesmo com a oposição do partido nacional.
Pelo que se fez nos concelhos quando viraram de PS para PSD, o presidente do Governo Regional faz tábua rasa do que aconteceu com Machico e Porto Santo, quando houve alguém que disse não! Até parece que com Governos Centrais social-democratas a Madeira beneficiou! E dá-me vontade de rir quando fala de clima de medo e delação, veja-se como os laranjas regionais catalogam os críticos, quando dentro do próprio partido vão marcando almoços de grupinhos para celebrar o espírito Natalício. Muito pouco ou nada manda quem precisa anunciar na “folha comunista” que o faz.
De tudo se vê e ouve numa Assembleia que até admitiu insinuações sobre a cimeira Europa-África, de que os participantes africanos estariam em Lisboa apenas para encher os “cabarets” lisboetas. Será que é o que fazem determinados políticos quando se deslocam ao rectângulo? Às vezes o hábito acerta tão bem nos outros…
O primeiro-ministro deve estar a borrifar-se para Jardim como o está para os madeirenses. Só na Amadora tem o triplo dos votos a ganhar e seja quem for o presidente do Governo Regional, nunca riscará nada perante a classe política de nortistas e sulistas que só se enxergam a si próprios. Qualquer ameaça de independência só faz rir o mais comum dos cidadãos, quanto mais os emproados políticos, deputados ou detentores de cargos governamentais. As “resistências pacíficas” são aquilo que o madeirense tem feito até hoje, as “revoltas” que constam na história, provavelmente, foram começadas com “cubanos” desterrados nesta pérola do Atlântico. À excepção da assobiadela nos Barreiros, essa sim espontânea, contida uma década depois, não com ouro, incenso ou mirra, mas com uma dádiva de muitos milhares de metros quadrados e toneladas de cantaria.

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Tretas

As declarações recentes do novo bastonário da Ordem dos Advogados só podem ser encaradas como mais um saco cheio de tretas. Dos corruptos todos que o senhor Pinto falava, dizendo que ostentavam riquezas ilícitas ou algo do género, não apontou nenhum nome. Como advogado, sabe que as declarações produzidas publicamente têm um impacto maior do que à mesa do café, daí que não dando nomes aos bois só se pode deduzir que a necessidade de “aparecer” na Comunicação Social foi maior do que o bom senso. Já lhe chamaram cobarde, isso pelo menos foi algo concreto. Ainda que fosse na qualidade de cobardia, a acusação de como o bastonário pretende atacar a corrupção.
O gang à solta de Jardim, a corrupção como fenómeno à escala universal de Tranquada Gomes, os chupistas de Sara André, as negociatas de Cunha e Silva. Tudo expressões com marca registada de figuras da nossa praça, mas que não passaram de tretas à boa maneira portuguesa. Mesmo sendo acusações não identificadas, o Povo atribui logo caras e nomes. Aos detentores de cargos políticos, claro. Pois são eles que aparecem todos os dias na Comunicação Social. E não fazem por menos na sociedade. Aparecem com grandes carros, grandes casas, barcos, etc. Com os ordenados que têm, muitos estão ou ficaram bem de vida. Não invejo esse estatuto, mas à semelhança de muito mortal com conhecimentos de “taboada”, por mais contas que faça não conseguiria nem 50% do que muitos alardeiam. Mesmo descobrindo mais tarde avenças e outras alcavalas que muitos senhores devem ter, é precisa muita ginástica e não gastar nada com comida, vestuário e combustíveis durante muitos anos para conseguir um rol de património, esse sim, invejável (como adjectivo). E com filhos a estudar aqui e ali…Como advogado (mais uma vez), esperemos que o senhor Pinto ao conhecer profundamente a Lei, concretize as acusações. Talvez tenhamos uma operação “Mãos limpas” à moda de Itália. Mas que não acabe com os acusados a candidatarem-se a cargos políticos e, à sombra do carneirismo português, serem eleitos novamente. Mesmo depois de fugirem para o sul da América.

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Amor…amanhã!

Pode-se dizer que não teria vontade para escrever pelas mais variadas razões. Sem ser por ordem alguma e que isso nem interessa ao leitor, desde logo pelas bocas de determinados amigos e conhecidos. Que eu bato, bato, mas também quero é tacho, qualquer dia dão-me uma palmadinha nas costas e eu calo-me, obviamente, bem instalado. Outros, conhecidos, ameaçaram desistir do Diário só porque não concordam com o que escrevo. Aliás, em alto e bom tom, acusaram-me de ter comprado uma página do DN só porque, veja-se, saíram duas cartas do leitor em dois dias seguidos. Ainda bem que não falei do “porco”, senão teria sido uma quinzena.
Outra das razões, quiçá a mais forte, as represálias de Jardim. Realmente borrei-me todo. Já tinha ficado receoso naquela do exonerar, demitir e despedir quem colocasse obstáculos ao programa do Governo. Bem, ao fim de algum tempo, vem-se a saber que o programa até nem é deste Governo, mas sim daquele que se demitiu para receber uma estrondosa votação em Maio. Agora, quem ousar, oiçam bem, OUSAR atravancar a entrega dos Barreiros ao Marítimo, está sob a mira não de um Zé-ninguém, mas sim da 2ª mais alta individualidade da Madeira, o presidente do Governo Regional. Incrível como se ameaça tudo e todos, publicamente. Os votos de Maio deram uma grande lata a este Governo. E se isto é democracia, o que será o fascismo puro?! Em vez de ameaça, passam aos actos?!
Disse e repito, se fosse presidente do Governo eu daria tudo, não me custaria nada. E já que se dá os Barreiros que seja ao Marítimo, que é e sempre foi o meu clube. Afinal, todos os outros já tiveram campos pagos, não é novidade para ninguém. Agora qualquer um pode contestar que se entreguem bens do Estado sem qualquer concurso público, está no direito do cidadão. Quem é Jardim para dizer que eu não posso, como contribuinte, contestar qualquer decisão do seu Governo em alienar, ceder ou doar património público? Represálias, ameaças? A isso, ao poder político e ao económico que o sustenta, puxo o autoclismo.
Diverte-se o povo com estas tontices e nem repara, por exemplo, que vai ter que alterar o seu modo de vida em função do filho de oito ou nove anos, que vai passar a ter aulas à tarde. Depois do 1º e 2º ano de manhã, o seu filho vai mudar de professor, afinal o docente também tem direitos de escolha e também tem filhos com actividades, para além da sua vida planeada como todos nós. E as actividades extra-curriculares, uma grande ajuda na educação das crianças, ficam para trás. Música, Línguas, Desporto, Arte. E nem se põe a opção de escola para escola. Comem todos pelo mesmo. Alguém perguntou a razão desta medida? E não me digam que é para dar oportunidade a todos terem aulas de manhã…Por isso, meus amigos, não são estas opiniões que vão mudar a Região, não será também com a classe política que temos. Nem se entendem, passam a independentes ou, quase sem se perceber, dão uma no cravo, outra na ferradura, que podemos fazer nós, nestes joguinhos da política?! Lamentar o voto, lamentar a abstenção! Bradar nos cafés e na hora da verdade perder a coragem e ganhar tento numa língua politicamente correcta?! Estar calado e beneficiar do sistema, da cunha, do favorzinho?! Ver os milhões a voar para jornais de regime, enquanto os responsáveis choram por garrotes?! Tenham dó! Pelo menos, hipócrita não sou. Enquanto souber e puder, hei-de escrever, falar, discutir e nunca terei medo de o fazer, seja onde for. E disso, que eu saiba, ninguém me pode proibir.

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Penso que os participantes na Volta à Cidade 2007 eram mais do que 10, empunhando cada um uma letra de uma frase destinada aos apologistas de Barreiros sem pista. É vergonhoso o que se passa com esta situação do apoio aos clubes de futebol e só não vê quem não quer. O Governo Regional paga quase tudo a todos os clubes de futebol e ainda dá apoios mensais, creio que servem para ordenados, viagens, sei lá. Não serve de nada vir para aqui dizer que sou do Marítimo ou que apoio outra cor qualquer. Estou liminarmente contra as mãos largas das entidades para o pontapé na bola. Seja dando dinheiro desmesuradamente, seja dando terrenos e estádios, seja perdoando dívidas à Segurança Social. E não tendo arranjado verbas para reparar a pista nos últimos anos.
É ridículo que a Secretaria de Educação tenha feito publicar um comunicado com tanta asneira junta. Primeiro porque o programa de Governo, que eu saiba, nem apareceu nestas últimas eleições. Será largamente sufragado quando nem 50% dos eleitores votaram neste Governo? E desde quando um não atleta deixa de poder emitir opinião sobre a entrega de património a entidades privadas, não vendo salvaguardado algo que não tinha nada a ver com o futebol, mas que estava incluído nesse património?! Agitação política? O que me parece é que ninguém quer ondas…mas os fundos arenosos e lisos são propícios à formação de grandes vagas.
“Apenas 384 praticantes federados no atletismo são oriundos do Funchal”. E vão deixar de ter pista. Os 88 da Ribeira Brava, os 84 de Machico e os 325 de C. Lobos merecem mais pista dos que os “apenas” 384 do Funchal. Será urgente pensar nos 21 de Santana e nos 10 de Ponta de Sol, a necessidade que têm de ter uma pista de tartan para o seu treino diário. Só falta o autocarro para levar os 10.444 alunos e outros desportistas para Machico, onde o vento não deixa homologar os resultados e onde o “zelador” não deixa efectuar lançamentos. Há sempre a pista modelar da R. Brava, mas não estou a ver os utentes a pagarem 5 euros por utilização e, querendo sair fresquinhos, mais 1,5 euros para o banho. Nem falemos do que custa ir e vir…
A alternativa que melhor defende os interesses económicos da Região não é, com certeza, esta. Dar tudo ao futebol, construir mais estádios que nunca enchem, ter um campo por freguesia e deixar, por falta de manutenção, que se transformem em pastos. Se existe a tal política desportiva de um pavilhão, uma piscina e um campo de futebol por tudo o que se chame “lugar”, não se percebe porque é que o concelho onde vive 45% da população madeirense não tenha direito a uma pista de atletismo. Talvez a piscina do Porto Moniz deva ser eliminada…qual será a utilização diária?Concluindo, com humor, há sempre mais marés que marinheiros. E é interessante ver como defende a eliminação de uma pista de atletismo, quem defende tão exacerbadamente as marchas pela saúde e o exercício físico. Talvez porque na política, como no futebol, todos os peixes são prateados…
Acabar o ano de 2007 a tentar dizer que manda em alguma coisa é triste. Não contente com o facto de dar de mão beijada património da Região, o presidente do Governo Regional, depois de dado, ainda diz como é que vai ser com a pista de atletismo, no seguimento da lição em directo da táctica a Lazaroni. Ele é o presidente do Governo, põe e dispõe do património à conta de um rebanho de presidentes de clubes e associações, instituições e agremiações que, depois de lá colocados, abanam a cabeça de cima para baixo, aí ficando quase sempre. Aliás, no seguimento da lição em directo da táctica a Lazaroni. Dá-se tudo, Barreiros e cais norte. Não há concursos públicos, não há pagamentos. Logo, mediante as circunstâncias, poderá deduzir-se que existe tráfico de influências, ou não? Porque não me deram a mim o cais norte, será que foi por não pedir?
Uma terra santa, esta Madeira. Maio deu-nos uma classe política arrogante, à conta de leis de finanças adversas o poder que se instalou há 30 anos extravasou percentagens. Chamem-lhe o que quiserem, democracia ditatorial, ditadura democrática ou só democracia. Oposição débil, ainda não se percebeu porque é que os “grandes crânios” de alguns partidos não se metem nisto a sério. Às vezes, parece que estão bem servidos e a política é como um “fait-divers” que lhes tira o tédio. E o madeirense vai comendo bolo do caco, enquanto entrega a casa ou o carro que não pode pagar, divertido com as “estórias” que se contam dos avales distribuídos equitativamente pela população e com os arquivamentos de processos por erros processuais ou porque…sim. O comum do cidadão, talvez aquele que faz parte dos 40% que não vota, vai-se entretendo com as delfinadas, adivinhando a guerra civil que se aproxima porque o senhor presidente vai sair. Talvez farto, talvez porque “limitou” os mandatos. Talvez porque, ao fim de tanto tempo, ainda ninguém lhe passa cartão lá pelos lados do centralismo lisboeta.
Já cansa. O mesmo presidente, as mesmas caras há tantos anos no governo, as mesmas caras há tantos anos na oposição. Os mesmos empresários com sucesso, os filhos dos mesmos de sempre a ocupar cargos, os reformados de luxo com prémios de platina, as mesmas histórias ano após ano na Madeira da culpa solteira, da utilidade pública para desembargar obras que furam Planos Directores, de Ordenamento e outros que mais, mas que cumprem com os objectivos dos promotores de obras. Não basta tornar gratuito um jornal que traz, na sua maioria, fatídicos elogios ao regime. Até porque vamos continuar a pagá-lo, mesmo que ninguém o leia. Nada muda, nem mesmo as moscas.
E depois do Natal, vamos de festa em festa até 2008. A carne de vinho e alhos, os licores caseiros, as broas e o bolo de mel, depois dos potes e foguetes antes da meia-noite, à mistura com as promessas de deixar de fumar e dos euros que se vão mostrar ao Ano Novo, adoçados com passas e regados com espumante, despedem 2007. Para quem pode, está claro. Porque muitos vão passá-lo como um dia normal que acaba no fogo de artifício e nas contas para chegar ao dia 10 de Janeiro com algum dinheiro para comprar leite para os “pequenos”. E a imaginar os “donos” da Madeira, com aquelas fatiotas pretas, nos bailes de gala, a 300 euros à cabeça, a posar para a “sociedade” através de uma câmara de televisão ou das páginas brilhantes dos jornais e revistas do dia 2.Feliz 2008, que seja aquele ano…

Barquisimeto

A crise que o 11 de Setembro, a guerra no Afeganistão e Iraque e o aumento do preço do petróleo causou, parece não afectar a Madeira. Com um PIB nunca visto, apesar da distribuição de riqueza ser uma treta e do número de pobres chegar aos 20%, a Região tem dado mostras de sobreviver neste mundo financeiro que não se compadece dos pequenos investidores nas Bolsas de Valores. A máxima que diz ser possível fazer fortunas em tempos de vacas magras nunca valeu tanto. Neste caso madeirense, a máxima seria de que em tempo de cortes e garrotes, há que investir aos potes.
A Câmara de Santa Cruz, quando se viu com uns dinheiritos a mais (cito) provenientes não se percebeu bem de onde, que não se poderiam aplicar em investimentos camarários também não sei bem porquê, decidiu embarcar para a Venezuela, com banda e tudo, dar aos nossos emigrantes aquele abraço que eles tanto precisavam (não nego), lá mesmo, nas terras que já foram de Bolívar. A crise não afectou o passeio fraterno e amigo de muitos convivas que, segundo alguns “patrocinadores”, fizeram as delícias da nossa comunidade. Pelo menos, a comunidade dos santa-cruzenses emigrados na Venezuela.
A moda pegou. Vai daí, as necessidades dos vicentinos emigrados levam nova comitiva ao quintal de Chávez, esse mesmo que parece andar a fechar negócios de madeirenses, desde padarias a supermercados. Agora a história reza que os bem sucedidos empresários do norte da Madeira apoiam financeiramente esta deslocação, com a grande novidade de que os políticos e empresários (devem ser os bem sucedidos) de Barquisimeto (afinal quem não conhece?!) vão retribuir a visita já em Junho. A “alcaldia” e a nata empresarial daquela famosa região Venezuelana não tinham a agenda muito preenchida, houve um adiamento da visita a New York, então é mesmo no início do nosso Verão que se irão meter nos gabinetes da Secretaria do Turismo para estudar a forma como está organizado o turismo por estas bandas.Numa altura em todos se queixam das verbas que a Europa nos retirou, das verbas que Sócrates rouba à Madeira, dos projectos que não envolvem o bastião laranja insular, há muito dinheiro para ir à Venezuela. Não tenho inveja dos passeantes, que vão e venham todos muito bem sem qualquer percalço. Mas custa-me ver o regabofe com dinheiros públicos, quando os autarcas vão a correr para Lisboa exigir os 5% de IRS que não lhes tem calhado no prato. Faz lembrar a história do areão do Chão da Ribeira. E quanto aos empresários, não venham depois falar da crise e pedir os apoios que tanto jeito lhes dá. Tenham, ao menos, vergonha na cara.

À pala do défice

Nem se trata de acreditar ou não nos números da entidade reguladora sobre os tempos de antena que os diversos quadrantes políticos regionais têm tido na RTP-M. Era o que faltava, “pegar em mim” e plantar-me em frente a um aparelho de televisão para contar, de cronómetro na mão, os tempos de antena. Tenho televisão, tenho cronómetro, não tenho é pachorra para aturar determinadas coisas a que se prestam os políticos da nossa praça. Mentiria qualquer madeirense, mesmo que contra qualquer entidade reguladora disto ou daquilo, se dissesse que há telejornais onde não se fale de Jardim, do Governo Regional ou de uma qualquer inauguração. Como também mentiria se dissesse que hão havia nenhuma actividade política, nenhuma reacção, nenhuma queixa de forças políticas da oposição. Como que a gosto do freguês e para preencher trinta minutos de notícias sem ser com um senhor qualquer bispo a falar durante metade desse tempo, a RTP-M deve ter feito um acordo qualquer para pôr um bocado de cada ideologia, com os jornalistas e câmaras a correrem de um lado para o outro. Claro que a recente queixa do PS-M só poderia dar barraca, nem que fosse pela publicitação da queixa, o que daria à RTP algum tempo de avanço para corrigir, no último mês, qualquer benefício a este ou àquele. O artigo de opinião do JM, da autoria do senhor Alberto João Jardim, é de brados. Como uma daquelas borrachas verdes que os nossos pequenos usam na escola, apaga as partes que lhe interessam, adornando a vitimização que lhe deu a entidade reguladora. Esquece-se completamente do “malho” diário que é o seu Jornal da Madeira, para o qual os socialistas, comunistas, esquerdistas em bloco, enfim, toda a oposição também contribui para os dois mil contos por dia com que ele mantém a publicação dos seus artigos e dos artigos dos seus amigos engraxas. Engraxas que, calculo, sejam pagos a peso de ouro pela sua contribuição ao elogio do regime laranja e à contínua crítica à oposição. Senhor Jardim, não atire areia para os olhos de um povo que paga para ler aquilo que escreve, mesmo que lhes diga que estão a ler à borla. Depois de dar subsídios a tudo o que mexe, critica agora os que pedem justiça nos apoios para idosos, doentes e outros carentes, ou para o quê pede a oposição subsídios?!. Os madeirenses não se afligem com as obras que possa fazer, preocupam-se é com o que se gasta nas derrapagens e com o que se gasta nos pareceres e outras coisas jurídicas que se descobre que o Governo pagou, sem falar nos avais que acaba por pagar. E a propósito de amplas liberdades, que faz a maioria na Assembleia?

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Ainda não é desta?

Não me parece crível que Jokanovic aguente muito mais tempo à frente do Nacional. Depois de um passado um pouco tempestuoso como técnico de camadas jovens, onde teve alguns desaguisados e, segundo consta, alguns chegaram ao confronto físico, o sérvio continua a fazer das suas na Liga. Algo arrogante nas conferências de imprensa, Joka abandonou o banco alvi-negro em pleno estádio da Luz e, em sua própria casa, o estádio da Madeira, fez o que toda a gente viu. Mesmo que Cajuda o tivesse ameaçado aquando do jogo em Guimarães, é estranho que se tivesse passado tanto tempo sem que alguém dissesse algo. Em frente dos adeptos e das câmaras de televisão, o treinador do Nacional deu um mau exemplo. Aos adeptos e jovens que viam o jogo e aos seus próprios jogadores que, mesmo no calor da “refrega”, foram cumprimentar Cajuda. Mau mesmo foi o presidente do clube ainda a defender o técnico, como se houvesse defesa para o toda a gente viu na Choupana…

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Óscar

Uma brincadeira de mau gosto a todos os madeirenses, o que faz o conceituado arquitecto Óscar Niemeyer. Como se nos interesse verdadeiramente se ele assume ou não a paternidade do projecto do Casino. Faz uma grande diferença ao povo madeirense que este centenário já nem se lembre do que assinou. Pode ser que Jardim exerça represálias sobre o arquitecto, talvez proibindo-o de assinar mais algum projecto para a Madeira. O "nosso" presidente tem dessas coisas e Niemeyer ainda se irá arrepender...
Entretanto, brinca-se às pedreiras e britadeiras ilegais. As entidades nunca têm conhecimento de nada, nada licenciaram e mostram-se surpresas quando aparecem as provas das infracções. Só no Chão da Ribeira, com montes descomunais de areão, ninguém trabalha para o tirar dali e limpar aquele vale, com ganhos extra para a Junta de Freguesia. Uma birra dos laranjas acabaram com a exploração que ali se fazia e que dava boas receitas para a Junta. Quando esteve nas mãos socialistas, ainda houve algum investimento, compraram-se novas máquinas. A inveja, quando os outros têm sucesso, é muito triste. Deixem-nos trabalhar.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Doar ou ceder

O Governo Regional não doou o estádio dos Barreiros, apenas fez uma cedência gratuita. Afinal, qual a diferença entre doar e ceder, tiranto toda a burocracia e impostos sobre doações e sucessões. Parece que existe uma claúsula na escritura de doação dos Barreiros à entidade que governa a Região, que não permite outro uso para além do desportivo aos terrenos dos Barreiros. Caso isso não aconteça, o terreno reverte para os doadores ou seus herdeiros. A ser verdade, o Marítimo terá de devolver o estádio ou indemnizar os antigos donos. Ridículo? Também me parece. Não estou a ver Jardim voltar atrás com a palavra. Mais depressa indemnizar os herdeiros...

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Uma pista para José Manuel Silva

O cronista do Desporto Madeira, J. Silva, engraçou-se com a pista dos Barreiros e com o atletismo em geral. Fanático pelo futebol, lambebotas por excelência, este senhor até consegue chamar ao novo estádio do Marítimo, o Jardim das Maravilhas. Só visto, Jardim de Alberto João. Como se o presidente do GR tivesse pago do bolso dele e oferecido ao Marítimo o velhinho estádio. Manteiga no Governo, manteiga na direcção e presidente do Marítimo, o que será que este senhor quer mais em troca? O que lhe deu para bater na Associação de Atletismo, na modalidade em si e em todos os que estão a favor da manutenção da pista? Quem é este J. Silva, que fez ele até hoje pelo Desporto, para se arvorar desta maneira?
J. Silva ainda se dá ao desplante de dizer que, com a designação Jardim das Maravilhas, fica sem efeito a sondagem do DN e todos aqueles nomes propostos no jornal diário. Sem qualquer narcisismo!!!

O bastonário "mãos limpas"

Pinto de nome, o novo bastonário da Ordem dos Advogados, prometeu fogo nas declarações recentes. Falou da corrupção e das riquezas ilícitas que passeiam por Portugal, mas esqueceu-se dos nomes e, provavelmente, das provas. Levantou a indignação dos magistrados e dos políticos que se picaram, eventualmente, com as acusações.
Estendeu à Madeira o leque de irregularidade que, infelizmente, não deverá conseguir provar. Aliás, à semelhança de outros que acusaram alguns poderosos desta terra, poderá inclusivé incorrer em processos judiciais. Mas o que é isso para o bastonário? Deve comê-los ao pequeno-almoço, creio. Seria interessante que o Ministério Público se lançasse na ofensiva e começasse a verificar a proveniência dessas "riquezas ilícitas" que se passeiam em todo o País. Com o ordenado que os detentores dos cargos políticos usufruem, torna-se difícil justificar o bem-estar que têm conseguido na vida. As brutas vivendas, os carros topo de gama, os barcos, as grandes viagens de férias, com filhinhos a estudar, só se conseguem ter não gastando um cêntimo do dia-a-dia. A lotaria e o euromilhões só se ganham jogando e sendo contemplados, para herdar tem de haver alguém que deixe em testamento. Por isso o ditado que quem não rouba nem herda não tem senão merda, deverá ser a dica para a operação mãos limpas na Madeira e por este Portugalzinho de traficâncias.